Meu querido blogue:

Desculpa não aparacer cá mais vezes. Ando com pouca paciência para ti. Já me acompanhas há alguns anos e apesar de tudo sempre que posso venho aqui deixar um "olá". Contudo, confesso que não é para te ver. É mais para clicar nos links que tens afixados aí à direita. Já são uma rotina no meu dia-a-dia.

O país está cada vez pior. E nós, portugueses, não fazemos nada para o melhorar. Alguns ainda fazem. Mas o resultado não é grande coisa. Eu, pelo menos, vou ajudando na reciclagem. Mais aos fins-de-semana quando vou à terra.

Os impostos estão altos. Por falar em impostos... estes sempre foram aquela coisa feia que perseguem os seres humanos desde a sua existência. Pelo menos, desde que eles têm a capacidade para se organizar hierarquicamente e usar roupa da cabeça aos pés. Robin Hood, onde andas?! Tanto queixume mas a verdade é que isto nunca esteve tão bom como agora. Temos papel higiénico, gás, tecto, corta-vento em cimento, maneiras ultra-rápidas de fazer fogo, telefone, sms's, porno à distância de um clique, horas transformadas em minutos, minutos em segundos, tanta tanta coisa.

O Porto, mais uma vez, papou tudo que é taça. Apesar de um modo comprovado ser um clube não-assumidamente corrupto, passa à frente do Benfica, humilhando-o repetidamente, sem lubrificante, comeu e deitou fora, deu umas sem olhar nos olhos, sem bater à porta e como se isso não chegasse, várias vezes durante a época. 10 anos de Vieira, dois campeonatos para o SLB e o dobro de troféus internacionais para o Porto. Quanto ao Sporting... Paulo Futre! Falou, foi gozado, humilhado, transformando tudo isso a ser favor. Saíndo em grande e de cabeça erguida de um acontecimento que poderia ter ficado para sempre marcado pela negativa. Ri-se com ele próprio, um estilo único, relatando pelas televisões histórias e peripécias da sua carreira que fazem qualquer um soltar uma gargalhada.

Chama-se a isto um texto fútil! Sem ponta por onde se pegar. Publicidade gratuita. Minutos sem o Facebook aberto. A recordar os tempos em que a blogosféra estava na moda. Que a Pipoca Mais Doce era virgem. Que tinhamos de ir à capital para comer um BigMac. A Pamela Anderson não tinha rugas. O gasóleo era uma pechincha. E é isto: estamos em 2011, não há naves, o alcatrão e os pneus reinam!