Há sempre qualquer coisinha que diferencia a personalidade de todos nós. Basta uma migalha, um apontamento, uma frase a mais ou a menos, um olhar e o que hoje é verdade amanhã é mentira. Os pormenores fazem a diferença. Fazem simplesmente divergir o que parece inseparável.
A verdade é que todos nós temos uma coisa em comum: música. Existem pessoas para todos os gostos e talvez possamos ser comparáveis na forma como ouvimos e reproduzimos a música.
Ora vejamos, existem as pessoas que são como as antigas mas saudosas cassetes: repetem-se muitas vezes, o que dizem pode estar mal gravado, e mesmo o que dizem hoje pode ser facilmente apagado e amanhã ser gravado outra coisa por cima. Muita coisa fica por dizer quando a fita acaba.
Existem as pessoas CD: límpidas, translucidas, difíceis de arranjar quando virgens, certinhas, fáceis de reproduzir quando as pomos a tocar, que podem passar por muitas mãos, e podem mesmo servir de enfeite ou simplesmente ajudar os agricultores a afugentar os animais ou insectos mais curiosos. São as mais comuns e talvez as mais bem aceites na sociedade. Dá para tudo. Multiusos.
Por fim, temos o vinil. Feitas com carinho. Vale a pena a busca do vinil perfeito. Quentes, cuidadosas, som aconchegante, uma peça rara, que embora possa ser encontrada numa qualquer feira da ladra só os mais atentos têm o privilegio de adquirir. Passam de geração a geração e o sentimento permanece. São raras, únicas. Convém tratar com carinho. Não se repetem. Quando pedimos uma coisa, damos algo em troca. É regra. É intrínseco. Só porque sim. E vale tanto a pena. Em todo o caso, este tipo de pessoas podem ter passado por "cassete", "cd", o que for, mas no final sabem que o "vinil" tem a essência que buscam.
Eu prefiro o vinil. Simplesmente soam melhor!
1 Bitaites:
..... por isso tenho vinil em bruto. Óptimas recordações e mais como tantas rotações!
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